quinta-feira, 31 de maio de 2007

Inclusão Digital

O que eu posso fazer para participar da inclusão digital?

Há algum tempo já tenho procurado fazer parte do mundo digital e levar comigo meus alunos. Não é tarefa fácil, mas garanto: é possível. Já trabalhei em uma escola rural de séries iniciais e plurisseriada, que não possuía um computador sequer, e seus alunos com pouco poder aquisitivo, conheciam computador através da televisão. Então proporcionamos o trabalho com a informática em parceria com a universidade, que possui um campus naquela localidade. Os alunos trabalharam com o editor de texto e também fizeram pesquisa na internet. É um trabalho maravilhoso: não há dinheiro que pague o brilho dos olhos de um aluno que tem contato com o novo, e principalmente se esse novo lhe agrada!
Mudei de escola, e no trabalho com a matemática, novamente introduzi o trabalho relacionado com a informática, a escola, também não possuindo laboratório, faz com que eu procure parcerias para o desenvolvimento do mesmo, desta vez foi o NTE.
Mesmo já tendo contato com o computador desde 1994, sei que não conheço tudo a respeito da informática, mas não tenho medo de trabalhar com este recurso, pois sou humilde em aceitar que muito dos alunos que tenho hoje são mais “conectados do que eu” eles têm mais disponibilidade e disposição para isso. Portanto, proponho um trabalho de cooperação, onde eu coordeno a questão da disciplina, o desenvolvimento do conteúdo, e se algum aluno conhecer ou souber trabalhar com determinado aplicativo, ele pode ajudar ou ensinar a turma.
O relacionamento com os alunos é muito bom, eles têm a consciência de que estamos tentando fazer o melhor, estando abertos a novas formas de desenvolver o trabalho. As aulas ficam mais produtivas e o aproveitamento é muito bom. Alunos que nunca tiveram contato com a máquina conseguiram construir tabelas e gráficos no excel, em uma primeira aula, e antes de chegar ao laboratório não sabiam nem ligar o computador.
Para desenvolver este trabalho, tenho investido em capacitação, procuro cursos que estejam ao meu alcance financeiro, e dedico algumas horas do meu tempo livre para isto. Sei que muitos professores acham que não vale a pena gastar seu precioso tempo com formação: mas aí gastam sua paciência e saúde diante de alunos que não se contentam com professores que pararam no século passado!

Um comentário:

Mara Delazeri disse...

É isso aí Elisa, os alunos recebem muito bem as novidades e nós professores temos que nos valer disto.